SEO: Como aparecer no Google em 2024
Pesquisas, Notícias, Discover, Shopping, E-E-A-T, palavras-chaves e muito mais. Veja o que precisa para aparecer no Google em 2024.
Índice
- Introdução
- Quais as redes e os formatos para aparecer no Google?
- 10 tópicos importantes para o SEO em 2024
- Autoridade (E-E-A-T e YMYL)
- Intenção e necessidades dos usuários (a reformulação das antigas Keywords)
- Priorizar (ainda mais) a indexação Mobile
- Uso de inteligência artificial no SEO
- Termos de cauda longa e contextualização
- Vídeos
- Localização: Otimização para buscas locais
- Dados estruturados
- As opiniões das pessoas importam
- Core WebVitals
- Considerações importantes
- Conclusão
1. Introdução
Temos hoje no mundo do SEO um cenário onde a única certeza é que tudo está em constante movimento. As tecnologias evoluem constantemente e abrem espaço para novos formatos de realizar buscas, encontrar respostas e interagir com outras pessoas.
Neste artigo vamos abordar como o Google está se adaptando e o que precisamos fazer para receber os benefícios deste segmento que envolve milhões de pessoas somente no Brasil e, para iniciar precisamos saber, antes de: "Como aparecer no Google?"; quais são, afinal, as opções para aparecer no Google?
2. Quais são as redes e formatos para aparecer no Google?
Rede de Pesquisa: A rede de pesquisa é a mais tradicional. Hoje você pode acessar ela por várias fontes, como diretamente pelo navegador, acessando google.com ou google.com.br (Google Brasil), diretamente pelo aplicativo do Google no celular ou por assistentes de voz. A rede de pesquisa retorna para a pesquisa diversos tipos de resultados, provavelmente é o veículo que mais muda e recebe testes, pois tenta enriquecer a experiência em diversos níveis. É comum a rede de pesquisa integrar mapas, fragmentos de respostas prontas e widgets especiais para filmes, livros, pessoas importantes, jogos esportivos, entre outros.
Google Mapas: Podemos classificar esta busca como "Busca por locais e lugares". Esta busca é potencializada por recursos de geolocalização e conta com poderosas ferramentas do Google como Google Street View que conta com fotos 360 e tour virtual, além do Google Perfil de Empresas, onde empresas com localização fixa podem explorar diversos recursos para divulgar sua empresa, incluindo avaliações. Além disso, o Maps conta com o benefício do GPS do celular, conectando rapidamente a pessoa (por seu celular) aos recursos da região onde está, por exemplo, são comuns notificações para avaliar um local após sua visita.
Google Notícias: O veículo de notícias é específico para link de artigos editoriais. Este serviço conta com características e documentação específica para que criadores de conteúdo, jornais e veículos de comunicação de forma geral divulguem suas matérias com propriedade. O Google Notícias é o principal canal dessa divulgação, entretanto, é comum o Google misturar os resultados de Notícias diretamente na rede de pesquisa, Discover, feeds, entre outros. Além disso, há aplicativos específicos do Google como "Esportes" onde ele cria listas específicas de artigos do segmento esportivo. Resumidamente, os artigos são aproveitados em diversos canais diferentes.
Google Shopping: Como o nome induz, trata-se de pesquisas sobre produtos. Acesso pela própria aba Google Shopping ou na própria rede de pesquisa ao se tratar de produtos, este canal possui características específicas, pois o produto exibido precisa seguir uma série de diretrizes como: nome, MPN (código do fabricante), preço, disponibilidade em estoque, entre muitos outros, para ser elegível e confiável e assim ser exibido aos visitantes. O foco são lojas virtuais e há ferramentas como o Google Merchant Center disponível para as lojas gerenciar seus catálogos de produtos, ver insights, entre outros.
Google Discover: Diferente de todos os demais, o Google Discover não é um formato de resultados relativos à uma busca. Os usuários não pesquisam nada no Discover. O Google Discover é apresentado ao usuário ao acessar a página do Google pelo celular ou pelo aplicativo e sua apresentação é um "feed de notícias" baseado em seu interesse e buscas anteriores. O Google Discover é um poderoso canal de divulgação no Brasil.
Youtube: O Youtube é o principal canal de exibição de vídeos online no Brasil e está presente na web, aplicativos, tvs e carros. Os vídeos do Youtube aparecem nas redes de Pesquisa do Google, no Discover e, obviamente, nas próprias buscas do Youtube. O veículo conta com uma grande cobertura do segmento de vídeos, oferecendo vídeos de diversos tamanhos, streaming ao vivo e Shorts, seu formato de vídeos curtos.
Waze: O Waze é um aplicativo de rotas e trânsito, onde o foco são os motoristas. Podendo ser classificado como um sub-produto do Google Maps, domina o setor de buscas de rotas no Brasil e está vinculado ao Google para exibição de anúncios e informações gerais. Sua base de informações disponíveis aumenta a cada ano, como preços de combustíveis, serviços de carros, rotas internas em shoppings e muito mais. Seu uso pode ser interessante e triunfante para nichos específicos como shopping e postos de gasolina.
3. 10 tópicos importantes para o SEO em 2024
Agora que você já sabe ou relembrou quais são os canais onde podemos trabalhar com o SEO, vamos aos principais tópicos para aparecer no Google em 2024:
1 de 10: Autoridade (E-E-A-T e YMYL)
De forma geral, a autoridade resume-se na confiabilidade de seu veículo (site, empresa ou autores) ao abordar um assunto. Por exemplo, é mais natural acreditar em um pianista que já tocou com os maiores nomes, possui canal no Youtube e redes sociais amplas ou em um estudante de música do primeiro ano ao buscar por "Como ser um pianista de sucesso"? A autoridade busca exatamente isso, oferecer as melhores e mais confiáveis fontes para seus usuários.
A sigla E-E-A-T traz as primeiras palavras em inglês para Experience, Expertise, Authoritativeness e Trust onde podemos traduzir para "Experiência, Especialização, Autoridade, Confiança" em português. Entenda cada item desse fato de avaliação de qualidade do Google:
Experiência: É o item mais novo, inserido em 2022. Neste item os autores ou responsáveis do conteúdo precisam demonstrar experiência (para compartilhar experiência). Os autores precisam ser renomados, especializados e quanto mais histórico (comprovado em site e redes sociais), melhor.
Especialização: Conteúdos específicos precisam ser abordados por especialistas. O Google neste caso busca certificação, credenciais, prêmios ou eventos para garantir que você realmente é um especialista no assunto.
Autoridade: Qual a influência de seu conteúdo no segmento e para as pessoas. A autoridade que gera valor é compartilhada, aceita e seguida pelas pessoas. Ter sites importantes com backlinks para o seu, compartilhamento de pessoas com muitos seguidores e citações do seu conteúdo são formas de aumentar a autoridade.
Confiança: Confiança é o pilar central do EEAT, pois para ter confiança é necessário transmitir experiência, especialização e autoridade. Fatores como avaliações online, certificado de segurança e comentários online são fatores que afetam a confiança.
Quanto ao YMYL, por sua vez, sigla em inglês your money, your life traduzido para “seu dinheiro, sua vida”. São conteúdos específicos que o Google avalia como sensível (e passivo de profunda análise) pois podem alterar a vida financeira do usuário ou sua saúde física e/ou emocional. De forma resumida, o Google se preocupa muito com o que o usuário irá fazer a partir das respostas oferecidas a eles, consequentemente, seu conteúdo não deve de forma alguma induzir o usuário a algo prejudicial, duvidoso ou arriscado.
Concluindo, a qualidade do seu conteúdo precisa atender estes itens e você pode usá-los como parâmetros e objetivos a seguir ao fazer perguntas como estes exemplos: meus produtores de conteúdos são especializados? Como especializar mais minha equipe? Como integrar minha empresa nos cenários do meu segmento? Como coletar cases e avaliações de meus clientes e usuários? Quais sites fazem link para o meu? Entre outras.
2 de 10: Intenção e necessidades dos usuários (keywords)
De forma simplificada, o objetivo da busca é oferecer uma resposta. Se a resposta for boa, o usuário pára de buscar ou busca por outras coisas que aprendeu ou conheceu na busca anterior.
Entretanto, normalmente a dificuldade está em entender como as pessoas estão buscando essas respostas, aí entram as palavras-chaves para atender a intenção e necessidade das pessoas. Podemos definir palavras-chaves (do inglês keywords) como o texto que as pessoas digitam ou são gerados pela busca por voz. Todas as palavras juntas é o termo de pesquisa.
Por exemplo:
🔍 “loja de móveis perto de mim”
👆🏻 Isso é um termo de pesquisa com as palavras-chaves: loja; móveis; perto; mim.
Quanto menor o termo, maior a concorrência. Por exemplo: “Camiseta do Brasil” tem alta concorrência, pois tem 2 palavras-chaves”, já “comprar camiseta do Brasil no centro de São Paulo” contém 6 palavras e a concorrência é consideravelmente mais baixa. Chamamos estes termos com muitas palavras de “termos de cauda longa”.
Sobre a intenção e necessidades do usuário, a resposta também está no termo e precisa ser explorada de forma ampla, não somente com os termos em si, como se praticava normalmente.
Vamos a exemplos de termos:
🔍 “Garagem de veículos perto de mim”
👆🏻 A intenção é ir a uma loja física. A necessidade é a compra de um veículo. Isso pode ser explorado amplamente ao mostrar as comodidades da loja, boas condições e bate-papo com os atendentes. Ou seja, no website, no website pode ter termos próximos como “Garagem de veículos em X” (o sistema de localização vai ajudar) e o conteúdo deve ter uma resposta adequada.
🔍 “Qual tablet é melhor?” -
👆🏻 A intenção é adquirir informação sobre tablet e a necessidade de compra de aparelho eletrônico.
🔍 "O que fazer no Rio de Janeiro?"
👆🏻 A intenção é adquirir informações sobre o local e a necessidade de adquirir lazer e entretenimento.
🔍 "Estante de madeira com gavetas"
👆🏻 A intenção e necessidade estão subjetivas, podendo ser compra, informação, ver imagens, entre outros.
🔍 "Comprar estante de madeira com gavetas"
👆🏻 A intenção claramente é usar um e-commerce e a necessidade é do objeto descrito e seus periféricos.
🔍 "Como fazer uma estante de madeira com gavetas"
👆🏻 A intenção agora é adquirir informações e a necessidade é de e-learning (vídeo-aula, curso, tutorial).
É importante salientar que antigamente, o foco era a exploração dos termos de pesquisa de forma mecânica e com as principais mudanças vindas dos updates do Google, é fundamental se explorar as formas de resolver as intenções e necessidades oriundas dos termos pesquisados.
3 de 10: Priorizar (ainda mais) a indexação mobile
Já tem vários anos que os termos "site responsivo", "versão mobile" ou "mobile first" são abordados de forma massiva no mundo do SEO. Isso trata da interface e experiência do visitante ao acessar o celular e continua em alta.
As ferramentas para ajudar a verificar se o site atende estes padrões também melhoraram e é mais fácil identificar se um website atende esses quesitos. Por exemplo, ao utilizar o Google Search Console, temos as abas Experiência em Página e Core Web vitals. Só é possível ser elegível em ambos com um site adequado para o mobile e pode ser um ótimo parâmetro para avaliar a priorização da indexação mobile.
4 de 10: Uso de inteligência artificial no SEO
Como o grande tema em ascensão no mundo da tecnologia, provavelmente já terão vários novos aplicativos com serviços específicos de AI quando você estiver lendo este artigo, entretanto, vou adicionar os principais benefícios que a inteligência artificial pode oferecer ao SEO e também seus principais perigos.
Vantagens da AI no SEO: É impossível falar de SEO sem tratar dados, muitos dados e a AI evoluiu muito em termos de ferramentas para processar esses dados e sintetizar informações sobre o comportamento do usuário, otimizações em textos, oportunidades de maior leitura, insights sobre temas, entre muitos outros. Ao escrever esse artigo, por exemplo, eu usei mais de 30 vezes várias ferramentas de AI, entre corretores de texto à insights sobre o tema.
Desvantagens da AI no SEO: Utilizar textos gerados por AI para produzir conteúdos reprovam o website em exclusividade, originalidade e abre caminho para o SPAM. Em outras palavras, o "uso preguiçoso da AI" para tentar resolver de forma rápida seus problemas de conteúdo podem banir seu website (e este é um problema bem mais grave do que a dificuldade de produzir conteúdo). Lembre-se que os sistemas do Google possuem a melhor (ou entre as melhores) tecnologia de AI para detectar isso e se você conseguisse burlá-lo, não estaria lendo isso.
5 de 10: Termos de cauda longa e contextualização
Falando agora especificamente sobre termos de cauda longa (que contém várias palavras-chaves), eles podem ser a resposta de várias perguntas de seu negócio, pois eles podem revelar um novo elemento: nichos de audiência.
Ao entender melhor os nichos de audiência, você pode oferecer uma experiência personalizada para os desejos, necessidades e interesses de certas pessoas que podem também fazer parte de uma localização específica.
É importante enfatizar que a cada ano está mais natural. Segundo estudos como o Synup, foram realizadas mais de 1 bilhão de buscas por voz em 2023 e o próprio Google anunciou que 27% das buscas realizadas no Google app também são por voz. Normalmente os termos gerados pela busca por voz são maiores, ou seja, termos de cauda longa.
Veja abaixo 2 termos de exemplo e seu contexto de nicho de audiência para entender melhor:
🔍 "Hotel para cachorros em X"
👆🏻 Esse termo revela a intenção de informações sobre hotéis de cachorro e a necessidade de adquirir estes serviços, como vimos anteriormente, agora pensando como um nicho de audiência, ele ainda é muito amplo.
🔍 "Hotel para cachorros idosos em X" (🏆 audiência nichada)
👆🏻 O interesse e necessidade são os mesmos, entretanto, agora temos um nicho de audiência específico: pet seniors. Essa informação abre um leque de possibilidades para produtos específicos, características específicas do hotel e cuidados específicos.
Quando conseguimos identificar um nicho de audiência, entramos em um ambiente onde normalmente se há menos competição, mais lealdade à marcas e principalmente para o SEO: maior CTR, engajamento e valor no conteúdo.
É mais fácil comunicar com as necessidades reais do usuário ao atendê-lo em seu perfeito nicho e isso agrega como autoridade de um site especialista ao invés de generalista.
6 de 10: Vídeos
O Google ama os vídeos e o Youtube é sua marca e líder de mercado. Os vídeos do Youtube aparecem nos resultados de pesquisa, estima-se que 15% dos acessos aos vídeos do Youtube são pelas buscas do Google. Então é óbvio a necessidade de utilizar o Youtube para indexar melhor no Google.
Lembre-se que utilizar o Youtube não significa amadorismo (somente criar um canal e postar qualquer vídeo). é preciso pensar no canal, produzir boas artes e estratégia de conteúdo para engajar seus visitantes. A subutilização de um aplicativo denigre a marca ao invés de agregar.
Além disso vale ressaltar que o Google tem priorizado páginas web onde o conteúdo de vídeo é o principal elemento, elas são as "video pages". Você pode consultar suas páginas de vídeos no Google Search Console. É importante entender que a página precisa ser para promover o vídeo e não o contrário, neste caso a página não é indexada corretamente. Veja um exemplo:
Realizar a cobertura online de um show, adicionando o player do Youtube ao vivo no website, descrições dos eventos, comentários de usuários nas redes sociais e enquetes. Esse é o tipo de cobertura que o Google adora.
7 de 10: Localização: Buscas por geolocalização
Na indústria estima-se que as buscas por informações ou serviços nos "arredores de quem está buscando" representam mais de 46% de todas as buscas no Google. Então o uso direto ou indireto de termos como: próximo a mim, perto de mim, na rua X, entre outros; são mais comuns do que parecem e são oportunidades.
Para nichos específicos de websites com localização física e áreas específicas de atendimento, é imprescindível deixar claro informações de contato, horários, agendamentos e rotas. É fundamental o uso de ferramentas como o Google Perfil Empresas, Google Maps e até Waze em casos específicos.
Além dos serviços especializados, há como enriquecer o website com informações de dados estruturados de localização, como veremos a seguir. Porém, antes disso, é importante enfatizar a importância de um perfil de empresa bem avaliado, com clientes comentando, postando imagens e com informações claras sobre o funcionamento. É comum falarmos em SEO que "o primeiro passo é ser encontrado, o segundo é convencer o visitante a fazer negócios com você"- ter as informações acima disponíveis estão diretamente ligados à segunda parte da frase.
8 de 10: Dados estruturados
Os dados estruturados estão mais fortes do que nunca, pois eles permitem exibições especiais nos resultados de pesquisa, além de oferecer melhor compreensão para classificar melhor seu tipo de conteúdo para atender corretamente as pesquisas.
De forma geral, os dados estruturados são inseridos no website por um <script> que é invisível aos usuários, ou seja, é para a leitura do Google. Há também formas de aproveitar o conteúdo em HTML para os dados estruturados, mas esta não é mais a forma recomendada.
Os dados estruturados são divididos em tipos de dados e a mesma página pode conter vários, dependendo do conteúdo. Veja abaixo os mais populares entre os websites:
Organização: É utilizado para oferecer detalhes de uma empresa, instituição ou organização. É imprescindível que todas as empresas usem esse dado estruturado em seu website, pois ele fornece ao Google informações importantes como: nome da organização, imagem do logo, descrição, endereço, dados institucionais de contato, entre outros. Ao usar o dado estruturado para organização, o Google pode recomendar melhor sua empresa e mostrar informações extras como seu logo, avaliação, entre outros.
Artigo: Este tipo de dado estruturado não é exclusividade de portais de notícias. A princípio qualquer site pode escrever artigos e eles são ótimos para o SEO. Uma empresa, por exemplo, pode escrever artigos sobre seus produtos, serviços e boas práticas. O dado estruturado do artigo explica ao Google qual é o nome do artigo, data de publicação, atualizações e seu autor. Os sites de publicações, normalmente vinculados com equipes de redação, podem ser elegíveis para aparecer mais no Google Notícias por meio deste dado estruturado.
Breadcrumb: A tradução literal deste termo é "migalhas de pão", onde o significado é deixar o rastro para saber o caminho. Em português é conhecido como navegação estrutural. Aproveitando o conceito de migalhas de pão, trata-se da funcionalidade que mostra onde você está no website e qual é o caminho para retornar à inicial. O breadcrumb é uma poderosa informação para o Google entender a hierarquia e organização de seu website. Exemplificando, quando você ver em um website os links: Home > Eletrodomésticos > Computadores e Notebooks > Notebook de 15 polegadas; isso é um breadcrumb. Conforme dito acima, não basta estar descrito no website, precisa estar inserido também como script conforme as diretrizes do Google.
Empresa local: Este dado estruturado é mais específico do que a Organização, pois trata as informações relacionadas ao local físico e contém informações como localização no mapa, avaliações, horários de abertura e fechamento, link para cardápio, se há estacionamento, aceita ou não reservas, entre outros. Seu uso é imprescindível para negócios locais como lojas, restaurantes, bares, entre outros. As informações do dado estruturado de empresa local é muito semelhante com o Google Perfil de Empresas, onde o objetivo é o mesmo. É importante que se for usar o dado estruturado de empresa local é necessário atualizá-lo periodicamente, principalmente se os horários de atendimento mudarem ou para situações de feriados. Caso não se faça a atualização rápida no website, onde normalmente é mais difícil, é necessário manter ao menos o Google Perfil Empresas atualizado.
Produto: O dado estruturado de produto é o mais complexo e amplo, pois descreve informações de produtos de qualquer segmento com suas características próprias. Este é o dado estruturado obrigatório para lojas virtuais ou atividades de e-commerce. Quanto mais completo o preenchimento do produto, melhor a compreensão do Google sobre ele para exibi-lo. Devido à complexidade, o Google possui uma ferramenta chamada Merchant Center só para administrar o catálogo de produtos, ver se as informações estão corretas e corrigir incongruências. Somente como exemplo, o dado estruturado de produto possui informações como: nome do produto, imagens em várias proporções, descrição, SKU, MPN, marca, avaliação de pessoas, disponibilidade, moeda usada para compra, preço, preço com descontos e muitos, muitos outros.
Evento: O dado estruturado de evento oferece informações de atividades mesclando as Pesquisas e Mapas em uma visualização rica que oferece funcionalidades como comprar entradas, adicionar eventos ao calendário, entre muitos outros. Ao adicionar o dado estruturado de evento é possível enviar informações como: data de início, data de fim, horário, local, imagens, endereço, descrição, valores, organizações, estacionamento, entre muitas outras. O dado estruturado de evento também é uma poderosa ferramenta para coberturas, lives e streaming.
Concluindo esta introdução aos dados estruturados, é importante entender que essa funcionalidade, ao inserir estes scripts nas páginas, evoluem o website para outro patamar, pois seu conteúdo começará a ser associados à objetos específicos ou informações do mundo real, agregando valor e veracidade às informações.
9 de 10: A opinião das pessoas importam
No último ano o Google realizou uma atualização chamada Reviews update, onde todo conteúdo passivo de avaliação terá a avaliação levada em conta pelo gigante das buscas. Anteriormente somente as avaliações de produtos eram consideradas.
Isso se estende, por exemplo, para informativos. Um informativo pode ter avaliações e comentários e essa interação social irá influenciar nas buscas.
Há outras promessas para o Google de interatividade como o Notes, onde os usuários poderão interagir com os resultados de pesquisas. Mesmo que essa funcionalidade ainda não esteja aberta no Brasil e correndo em testes, é importante frisar que as iniciativas para entender melhor o que as pessoas acham do conteúdo estão em alta e são levadas em consideração mais do que nunca.
10 de 10: Core WebVitals
O Core WebVitals são métricas criadas pela equipe do Google para avaliar se a experiência do usuário é boa ou ruim em uma página. Hoje os resultados do WebVitals estão disponíveis no Search Console e são utilizadas para classificar o website nas buscas.
O Core Web Vitals são métricas criadas pela equipe do Google para avaliar se a experiência do usuário é boa ou ruim em uma página. Hoje os resultados do Web Vitais estão disponíveis no Search Console e são utilizados para classificar o website nas buscas.
Os índices são valores numéricos e o teste pode ser realizado pelo próprio Google Chrome > Inspecionar > Lighthouse ou em um site disponibilizado pelo Google: Pagespeed Insights. Mesmo que os testes podem ser realizados a qualquer momento, somente no Google Search Console há a aprovação ou reprovação real, pois os dados são baseados na navegação das pessoas.
De forma geral, o Core Web vitals possui 3 parâmetros:
LCP - Do inglês Largest Contentful Paint, a tradução é Maior exibição de conteúdo; por esta métrica o website é aprovado se carregar a primeira borda (conteúdo que preenche a primeira tela) em menos de 2,5 segundos.
FID - Do inglês First Input Delay, a tradução é latência da primeira entrada; essa métrica avalia a interatividade. Ao realizar uma ação (clique ou toque, por exemplo) o site precisa responder em menos de 100ms para ser aprovado.
CLS - Do inglês Cumulative Layout Shift, a tradução é Mudança de layout cumulativa. Essa métrica avalia a estabilidade visual. O coeficiente de estabilidade para o site ser aprovado é 0,1.
O que muda no Core Web vitals em 2024
O índice FID (que avalia o tempo que o site responde a uma ação) será substituído pelo INP em março deste ano. Do inglês Interaction to Next Paint, traduz-se Interação com próxima exibição. O conceito é o mesmo, onde precisa acontecer algo na página após clique ou toque do visitante. Para ser aprovado a página precisa responder em até 200ms.
Considerações importantes
Se adapte e acompanhe as mudanças: Em 2023 o Google lançou 9 grandes atualizações, apesar de ter sido 1 a menos que em 2022 e 2021, onde foram lançadas 10, tiveram vários impactos nos websites. Uma boa prática hoje pode não ser tão boa amanhã, por isso é importante que os produtores de conteúdo tenham a consciência de que sempre haverá novas mudanças e precisa se adaptar a isso. E para os desenvolvedores, o acompanhamento para antecipar os impactos e adequar o website é extremamente importante.
Teste A/B - teste suas páginas: O Google sabe disso mais do que ninguém, ele está sempre criando e gerenciando testes para ver a melhor forma de exibir seus resultados. Nunca pense que só há uma forma de acertar ou seu formato de layout ou conteúdo está pronto e não pode ser otimizado. Os testes A/B compreendem coletar dados de 2 formatos diferentes de páginas, sejam os títulos, imagens, disposição de conteúdo ou a página inteira. Dessa forma você consegue priorizar a exibição sempre da versão mais aceita e aprender com os erros das versões com menos performance.
O usuário está acima de tudo: Lembre-se que por fim, tudo é feito para o visitante. Os dados e técnicas nada mais são do que esclarecimentos para entendermos melhor o visitante e aplicar ações voltadas em experimentos ao invés de achismos. Não é atoa que os aplicativos sempre pedem uma avaliação a cada ação realizada ou websites com botões para marcar se um artigo é útil ou não. As informações mais valiosas estão sempre nas mãos de quem consome o website.
Sustentabilidade: O que está acontecendo no mundo está impactando a forma como as pessoas interagem com as empresas, instituições e, consequentemente, com os websites. Você prefere comprar produtos de uma empresa que prioriza energia limpa, tem políticas de neutralização de carbono, faz reciclagem e oferece incentivos para consumos de produtos orgânicos ou de uma empresa que despreza animais, faz práticas de desmatamento ilegal e elimina seus lixos em lençol freático? Se sua opinião é a segunda por qualquer outra argumentação, você precisa voltar para a escola urgente.
Google Ads (PPC e PPV)
Até o momento falamos somente de pesquisas orgânicas, entretanto, a otimização em mecanismos de buscas também envolvem buscas pagas, ou pelo menos possui uma intrínseca relação.
O Google Ads é o serviço de publicidade do Google, onde você pode pagar para aparecer nas buscas (PPV - pay per view ou pague por impressão) ou para receber visitas (PPC - pay per click ou pagar por visita).
Os anúncios no Google Ads, em mais de 90% das vezes, utilizam o website como página do destino, com o seguinte fluxo: impressão de anúncio > visita a um website > realização do objetivo desejado; para que o website cumpra bem seus objetivos, ele precisa estar de acordo com as diretrizes do Google e com o conteúdo alinhado com seus interesses e necessidades; isso é um tema também do SEO e esse é um dos pontos de convergência.
Outro ponto de convergência entre o SEO e o Google Ads é o preço dos lances. Quando você faz um anúncio, o Google irá classificar sua qualidade e você saberá o preço por clique. Essa classificação envolve vários itens como concorrência, qualidade dos anúncios e qualidade do website. Os websites com SEO avançado são melhores que os websites sem, ou seja, a chance de se pagar menos por clique é bem maior ao otimizar um site com SEO, aumentando o ROI e ajudando a viabilizar a campanha.
Acho que o mais importante é entender essa relação entre Google Ads e SEO neste momento. O ecossistema do Google Ads é enorme e é necessário leituras mais direcionadas para compreendê-lo, por hora e para saber como aparecer no Google em 2024, isso basta.
Conclusão
Neste cenário de constantes mudanças, é importante manter o foco no visitante, seus interesses e necessidades. Além disso, para entender bem o SEO e como aparecer no Google em 2024, acompanhe sempre as novidades, funcionalidades e para onde o Google está mirando seus esforços. Procure seguir os canais de SEO no Youtube, como o Google Search Console Channel e o Blog Oficial do Google; para quem quer mais, o X (antigo Twitter) também possui atualizações rápidas.
É importante também entender a importância do Google Search Console, várias vezes citados acima, sem o uso da ferramenta é impossível entender como aparecer no Google ou entrar em cenários de alta performance.
Por fim, o cenário de SEO pode ser menos popular entre alguns segmentos em relação às redes sociais, entretanto, não há nenhuma grande empresa que não utilize os canais do Google, principalmente no Brasil, um dos país em que mais se fazem buscas. Este é um assunto importante e pode mudar a realidade das empresas, dando mais oportunidades de empregos e crescimento.